sábado, 30 de julho de 2011

A 5ª pétala da Yoga ( Estágio)

                             PRATYAHARA-(Introspecção,controle dos sentidos)
O recolhimento dos sentidos na mente (pratyahara) é a 5ª pétala do yoga, também chamada de eixo da busca interior e exterior. Quando os sentidos da percepção se voltam para dentro, experimentamos o controle, o silêncio e a quietude da mente. Essa capacidade de aquietar e aos poucos silenciar a mente é essencial não apenas para a meditação e a jornada interior, mas também para que a inteligência intuitiva funcione de maneira útil e benéfica no mundo externo.
É necessário ocupar-se na prática de Yoga com fé e determinação, e não se desviar do caminho. Deve-se, sem exceção, abandonar todos os desejos materiais nascidos da especulação mental, e desse modo controlar todos os sentidos por completo, através da mente,sem controle dos sentidos estamos distraídos.
O próprio princípio de pratyahara reside no fato de que nós temos a capacidade de limitar ou influenciar o nosso 'input(entrada) sensorial ".Podemos facilmente observar este fato: por exemplo, o relógio na parede pode estar batendo todos os dias, mas pode, em certos momentos não ouvi-lo quando a nossa atenção está voltada em outros lugares. Ou, durante um passeio de carro em uma estrada os olhos são bombardeados com centenas de objetos, ainda assim, registramos apenas uma fração deles dentro de nosso cérebro.
Nosso mundo externo está constantemente invadindo nossos órgãos dos sentidos, mas a nossa atenção permanece limitada a uns poucos simples de cada vez. O iogue se esforça para fechar completamente esse mundo externo, de modo que terá sua mente em paz para lidar com ele.
É um engano comum achar que estamos nos concentrando porque fixamos a atenção em coisas instáveis, como uma partida de futebol, um filme, um romance, as ondas do mar,a verdadeira concentração é um fio de percepção contínuo. Descobrir de que maneira a vontade, trabalhando com a inteligência e a consciência auto-reflexiva, pode nos libertar da inevitável inconstância da mente e dos sentidos, sempre voltados para fora, é esse o objetivo do yoga. Aqui, o asana é de grande serventia para nós.
Quando se consegue explorar, ajustar e sustentar cada novo ponto (em um asana), a percepção e a concentração se dirigem simultaneamente a milhares de pontos, e, com efeito, a própria consciência se torna penetrante e abrangente, iluminada por um fluxo dirigido de inteligência e atuando como testemunha transformadora do corpo e da mente. Esse é o fluxo de concentração (dharana) que leva a uma percepção elevada.Um jeito simples de frisar a relação entre asana e dharana é o seguinte: se você aprende uma porção de pequenas coisas, um dia acabará conhecendo uma coisa grande.
Em seguida vem a meditação (dhyana) em termos técnicos, a verdadeira meditação, na acepção que lhe atribui o yoga, não pode ser praticada por alguém que se encontra sob estresse ou que tem um corpo frágil, pulmões fracos, músculos retesados, coluna envergada, mente flutuante, agitação mental ou timidez, para tanto, precisamos da preparação que nos oferecem as posturas e a respiração, o recolhimento dos sentidos e a concentração.É por meio do asana que conseguimos relaxar o cérebro.
É dentro da profundidade da mente subconsciente que as origens e raízes de todas as nossas limitações humanamente existe.Até que possamos controlar os sentidos (os veículos de nossas distrações mentais)será incapaz de se concentrar , portanto, incapaz de chegar ao estágio mais elevado de Dhyana (meditação), que é o que estamos buscando, em última análise em nossa prática de yoga. 
Yama, niyama, asana, pranayama, pratyahara, dharana, dhyana e samadhi,as últimas três pétalas são concentração (dharana), meditação (dhyana) e absorção completa (samadhi), ou o yoga da integração final (samyama yoga).

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